domingo, 31 de julho de 2011

levo no corpo a tua lembrança, e outras mais.

até que veio outra lembrança pra tomar o lugar dela,
e  como tatuagem velha,
a cicatriz que você me causou virou parte de um novo desenho.

e a gente cresce com isso. que lindo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

conto de fadas.

Ah, Querida,

Se, naquele mundinho maniqueísta-em-preto-e-branco que você criou, só há lugar para vilões e mocinhos e o seu papel é sempre o de vítima, me sinto honrado por fazer o papel de vilão: eles se divertem mais no desenrolar da trama e no fim da história há sempre o lugar para o arrependimento e a redenção.

mas não se iluda: isso só funciona assim no seu folhetim, porque na vida real é bem diferente.

E na vida real eu repouso uma cabeça bem tranquila no meu travesseiro, com a certeza de que nunca cometi nada de ilegal, imoral ou que engorde.

sigo então com a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo, numa música bem bicho-grilo.