domingo, 2 de outubro de 2005

nada sempre (é) muito



um meu poema do fernando.
um exercício de metalinguagem (pois se tem créditos é citação, né?)muito bem feito por ele.
quem é o autor?
isso de autoria não existe. fica tudo tão mais simples...
a morte do autor já foi. até o autor supremo já morreu, dizia Nietzsche. quem sou eu pra discutir?
em tempo: essas bolinhas decorativas são muito patrióticas. não sei se gosto mesmo delas. who cares?
em tempo 2: na foto, a lindíssima audrey hepburn, inspiração para muitos, motivo de inveja para outro(a)s. Não eu. Acho que era uma boneca.

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há dias. Eu esqueço-me.
esqueço eu
esqueço que sou gente
esqueço que respiro
esqueço tenho fome,
estômago,
enjôo,

tudo parece mais branqui(e)cento

nesses dias. Eu esqueço-me.
esqueço da casa,
esqueço de comprar chicletes
contas do mês,
nomes
esqueço do colo
esqueço de ass(ass)inar meus papéis

há dias. Eu esqueço-me.

nesses dias – vida.
Esqueça.

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