sábado, 1 de outubro de 2005

não corte seus pulsos

imensamente sinto
solidão no corpo
desejo preenchido
a alma que grita
o peito que afaga

imensamente desejo
o corpo que pesa
teu beijo que arranha
meu carinho que arde
a companhia. tua

imensamente piegas
palavras desajeitadas
mas o que exclama
vem em busca do outro,
que lhe escapa.

não, não corte seus pulsos
ainda há tempo
a musica não terminou.
ainda há gentes correndo
e crianças gritando

ainda há corpos se amando.
não os nossos - esses,
há muito se foram -
mas corpos de outros,
amantes mais felizes que nós.

imensamente pesar
das possibilidades:
as que foram
e as que não foram
pesar, três vezes pesar,
das possibilidades que virão.

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poemeto do onibus.
podia ser, não?
to pensando em entrar pro GPL.
ui não, deus (deus???) que me livre e guarde.
com promessas de dias melhores.

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