ainda desconheço.
ainda procuro.
exercito e os anos passam,
insuficientes.
esperar, esperar, esperar, esperar, exasperar
acendo um cigarro e penso no que foi.
penso.
penso.
exaspero novamente.
procuro teu - vossos - corpo(s)
ao meu lado,
encontro uma calça jeans e um vestido amassado
escada abaixo,
cerveja ou vinho, já não sei,
acompanham o cigarro aceso
mas eu estou só,
e as pequenas tarefas cotidianas
parecem impossíveis.
para que falar do tempo, do tempo, do clima, das horas?
por que esperar, sem saber o motivo?
buscar, sem saber o quê?
e ainda assim buscamos.
em cada corpo, uma resposta,
um sonho desfeito,
novo pensar,
novo exasperar,
novo esperar.
e nova busca.
e nova falta.
e nunca uma casa,
nunca o conforto de ter,
definitivamente,
encontrado.
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