Noite de espetáculo;
horas antes, a função:
todas aquelas roupas,
todas aquelas cores,
todas as maquiagens
batons,
pincéis,
sombras,
todos os grampos de cabelo
e o spray para arrematar.
Noite de espetáculo;
deixa o público entrar:
toda aquela música,
aquela dança,
aquela gente,
aquele riso (ah, as gargalhadas...)
aquelas luzes, aqueles sons.
Noite de espetáculo;
tudo, tudo em vão.
terminara a noite chorando sozinha,
como um palhaço borrado ao fim da sessão.
escritos, sonhos, desabafos, poemas, ficções e inspirações de uma escritora frustrada.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O circo
esquecido por
Lamaringoni
às
3:00 AM
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descobrimentos
pertence a:
diário,
dor,
palavras minhas,
poiesis,
solidão
domingo, 5 de dezembro de 2010
corra, ... , corra.
Na ânsia de não se perder,
jogou palavras no ar
arremessou-as contra paredes,
carros,
sonhos.
pisoteou flores
que brotavam tenras
e frágeis, indefesas
tudo que esperava eram aquelas palavras,
aquele brilho que não via cruzar o outro olhar.
naquela queda de braço maldita ninguém cederia
e assim desmereciam-se.
palavras voavam mais
cada vez mais rasantes
mais ríspidas,
mais rápidas,
mais ásperas,
mais chorosas,
mais desalentadas
e, quando, enfim, veio a cartada final,
não aguentou o peso
das próprias pernas:
correu como nunca havia corrido antes.
sem jamais olhar pra trás.
jogou palavras no ar
arremessou-as contra paredes,
carros,
sonhos.
pisoteou flores
que brotavam tenras
e frágeis, indefesas
tudo que esperava eram aquelas palavras,
aquele brilho que não via cruzar o outro olhar.
naquela queda de braço maldita ninguém cederia
e assim desmereciam-se.
palavras voavam mais
cada vez mais rasantes
mais ríspidas,
mais rápidas,
mais ásperas,
mais chorosas,
mais desalentadas
e, quando, enfim, veio a cartada final,
não aguentou o peso
das próprias pernas:
correu como nunca havia corrido antes.
sem jamais olhar pra trás.
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