sexta-feira, 8 de abril de 2011

I may not always love you... And I won't.

Todo fim de relacionamento parece o fim do mundo, e todo mundo sabe disso.
A gente sente que o mundo parou, abriram um buraco e arrancaram algo muito muito grande, lindo e importante de dentro do nosso peito e no lugar botaram um pedregulho que cutuca insistentemente a ferida aberta.

No começo pode ser mais fácil se a gente tem raiva do ser (outrora / ainda) amado, porque a raiva parece ajudar a esquecer tudo de bom que o outro tinha. Mas né, todo mundo sabe que depois a raiva passa e daí vem ela, a saudade. A falta, ainda que inadmissível, o cheiro que é sentido a cada esquina, o rosto que é visto em todo lugar. Sintomas da abstinência. 

Nessas horas parece ser impossível acreditar que aquele amor vá passar. Daí a gente ouve música de fossa, esconde uma lagriminha aqui, chora outras várias ali. Parece que toda e qualquer novidade está pedindo pra ser compartilhada com o ex, parece que o mundo nos manda mensagens subliminares, parece que o universo espera que algum dos dois (e a gente pensa: "dois TEIMOSOS, burros, infelizes" etc, etc e tal) dê o braço a torcer e que na verdade nós fomos feitos um para o outro, como é possível deixar de amar aquele ser? Deus sabe que é impossível, que o dia que a gente deixar de se amar, não fará mais sentido a nossa existência... Ah, mas a gente saber que o amor vai passar. Só é duro acreditar que vai.

Eu, com essa minha mania de querer tudo juntoaomesmotempoagora quero abraçar o mundo, e quero que tudo fique bem pra ontem. e quero que venha vida nova com o outono, que se apressa em me contar que o inverno, a estação oficial da carência afetiva, não tarda.

E eu quero tudo pra hoje. Esquecer o velho e brindar o novo. E nessas horas fica difícil respirar. Daí parece que o cartão de crédito faz um bem... mas no fundo não faz nada. só me faz perder o sono na madrugada, quando além de lidar com amores brutos ainda tenho que fazer ginástica pra fechar o orçamento estourado em momentos de depressão. Coisa linda. Ah, e pra ajudar ainda tem o inferno astral, me contando que os 26  estão aí, que eu não tenho nada de muito concreto feito e e que meu futuro é meio piada. Fica fácil dormir, aí. E o tempo teima em desabar, como aquelas chuvas que me deixam tão deprimida. Pelo menos, penso eu numa medida de inútil consolo, os dias tem sido lindos. Ao menos isso.

Mas ai, eu sei que passa. E depois que passar eu volto a ser uma pessoa legal. tá? Me aguentem agora, amigos, porque eu to precisando mesmo ser pentelha.

Um comentário:

Cami Silveira disse...

bem real tudo que vc escreveu, é bem assim que funciona ehhehe
e os textos q vc posta são ótimos!

;**