domingo, 28 de fevereiro de 2010

As mariposas vão pousar

Ela tinha se esquecido como era bom.  Tinha esquecido o poder de renascer, de se refazer, de reinventar-se e ressugir nova, vistosa.

Tinha esquecido, logo ela, que as levava impressa na pele, sobre a nuca. Tinha esquecido das borboletas.

Esquecera-se das conversas pela madrugada; esquecera-se de como compartilhar as pequenas bobagens da vida. Esquecera-se de como era rir de coisas pequenas. Esquecera-se de como era corar ao som de uma risada. Esquecera-se de como era dizer "tenho medo", e ser protegida, acalentada.

Mas ela sabia que ele lhe mostraria. E ela, em casa enfim, se lembraria.

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