Ela tinha se esquecido como era bom. Tinha esquecido o poder de renascer, de se refazer, de reinventar-se e ressugir nova, vistosa.
Tinha esquecido, logo ela, que as levava impressa na pele, sobre a nuca. Tinha esquecido das borboletas.
Esquecera-se das conversas pela madrugada; esquecera-se de como compartilhar as pequenas bobagens da vida. Esquecera-se de como era rir de coisas pequenas. Esquecera-se de como era corar ao som de uma risada. Esquecera-se de como era dizer "tenho medo", e ser protegida, acalentada.
Mas ela sabia que ele lhe mostraria. E ela, em casa enfim, se lembraria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário