sábado, 6 de fevereiro de 2010

chove

Chove lá fora,
chove em minh'alma
chove em todo lugar.
mas meus olhos permanecem secos.

Não é que não doa,
pelo contrário: dói demais
Só não consigo crer
que dessa vez é de verdade.

A surpresa me impede
não choro, não rio
não desespero,
não vivo.

uma espécie de transe
me domina os sentidos
e numa monotonia
ilusória sigo vivendo.

Chove lá fora,
chove em minh'alma
chove em todo lugar.
mas meus olhos, incrivelmente,
ah, esses permanecem secos.

Um comentário:

Flavia C. disse...

O espanto do amor desfeito deixa algumas reações em suspenso, né? É uma dor que paralisa os movimentos.
Querida, fique bem, e grite se precisar! Beijos grandes!