quarta-feira, 7 de abril de 2010

Here comes the sun...

Depois de muito tempo, entre chuvas e tempestades, pancadas esparsas e nublados esquisitos, eis que lá vem o sol.

No fim do dia, aos 45 do segundo tempo, ele chega, belo e formoso, pra nos mostrar que, como sempre, por mais longo e frio que tenha sido o inverno sempre há promessas de primavera. 

E quem me conhece, sabe que eu sou sempre a última a notar que a primavera está batendo à porta. E sabe que essa primavera não segue o tempo cronológico. Dessa vez ainda tenho a desculpa de dizer que estou nas estações de outro hemisfério, ainda bem.

E é incrível como o céu parece mais bonito depois de tempestades, como o ar fica mais puro e como o sol brilha mais forte, ainda que num fim de tarde sem graça de uma quarta-feira. E assim quase me despeço de São Paulo, terra-mãe minha, por fato, e preparo-me pra ver como brilhará o céu de Florianópolis, terra-mãe de direito. As cores que guardo na lembrança possivelmente não existem mais, e será bom que seja assim, pois eu não brilho mais da mesma forma. Brilharemos, ambas, de maneiras diferentes, mas, espero, compatíveis.

O que foi é "ido". Rei morto, Rei posto, and God save the Queen. Sou rainha do meu destino, e brilho lindamente sobre a tempestade que se armou. Sobrevivi, chacoalhei, me assustei e cheguei a rezar. E quis o destino que a ironia andasse sempre ao meu lado. Somos amigas, eu e ela, agora. Ironicamente, a vida tem outro sabor. Resta-me descobrir que sabor é esse. 

And I just can't wait for it.

Um comentário:

Flavia C. disse...

Querida, que sua volta à patriazinha seja muito feliz!
Quanto à primavera, devo dizer que ando meio desconfiada de sua real existência, mas quem sabe um dia ela não chega e me pega de surpresa?

Beijo!